quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A barbárie avança

A barbárie avança! Pra mim, é muito triste dizer isso, mas é o que vejo olhando ao meu redor! Mas o que é mesmo a barbárie, da qual tanto se fala, e pouca gente talvez saiba na ponta da língua conceituar? Tecnicamente, barbárie é o oposto de civilização. Barbárie é a antípoda, é o contrário de civilização. Portanto, para entender o que é a barbárie é preciso entender o que é civilização e ver o seu negativo. O que é, então, a civilização? Civilização significa tão-somente viver juntos, conviver. Pode parecer ridícula a simplicidade, mas é apenas isso. Porém, os seres humanos não conseguem viver juntos por uma espontaneidade: é preciso algo que os una. A civilização decorre sempre, ou de um ideal comum, ou de poder coercitivo sobre todos. A civilização no seu sentido mais verdadeiro é decorrente do primeiro fator unitivo, o ideal comum. O segundo fator, o poder, já representa uma corrupção e o início da barbárie. Portanto, se a barbárie avança, é porque a civilização decai. Que civilização? Vivemos hoje, o declínio e o colapso da civilização moderna (não existe uma "civilização pós-moderna", a pós-modernidade é o colapso da civilização moderna). Qual é o ideal que a orienta? O ideal iluminista: liberdade, igualdade e fraternidade, o ideal da emancipação, do progresso e da democracia. Os ideais da civilização moderna são cristãos, todos, absolutamente todos derivam do cristianismo, daí o ódio dos anti-cristãos pela civilização moderna. O grande erro da civilização moderna foi abandonar a fonte destes ideais, foi pensar que basta se orientar por ideais belíssimos para construir um mundo melhor. A experiência dos últimos séculos mostra a trágica história das ideologias, e dos seus fins degenerados. A civilização moderna não reconheceu que não basta ter grandes ideais para fazer coisas boas, e hoje nós vemos o resultado disso tudo! É preciso defender a civilização moderna; concretamente significa defender o Ocidente e os Estados Unidos, seu garante atual. Apesar de todos os limites, a civilização moderna não é barbárie, possibilitou a convivência comum, permitiu o soerguimento de mais de 200 nações no planeta, o desenvolvimento da democracia e do capitalismo, a melhora da qualidade de vida, salvou inúmeras vidas pelo progresso, desenvolvimento e pelo avanço da paz e da liberdade. A barbárie é o oposto de tudo isso. Na barbárie, predomina um gosto mórbido pela morte e pela destruição. Lembro-me ainda hoje, de quantas pessoas se vangloriaram pelo ataque à Nova Iorque e à Washington no terrível dia 11 de setembro de 2001. Muito do que vivemos, da nossa qualidade de vida, devemos à civilização moderna, ao Ocidente e aos Estados Unidos. A civilização moderna é permeável à fonte de seus valores, ela é um desenvolvimento natural da civilização cristã, a modernidade é cristã, resta só a ela abandonar o preconceito e aderir de vez às suas origens e realizar-se plenamente. Não há alternativa cultural ao cristianismo, só uma civilização cristã pode ser uma civilização do amor, e não a barbárie do ódio e do desespero, que é o que infelizmente vemos hoje.

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