sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A defesa do aborto como um atentado à inteligência

No dia 28 de setembro, domingo, acontecerá em Ondina um piquenique pela legalização do aborto. Eu vi até agora três cartazes desta iniciativa, e além da abominação de ser a maior de todas as violências (a violência cometida contra o ser mais inocente e indefeso, que é o não-nascido), a defesa do aborto revela-se também como um atentado brutal, não só à vida, mas à inteligência.
Tomemos por exemplo, um dos cartazes, este diz assim: "mulheres não são mães em potencial". Esta frase é simplesmente a frase mais imbecil que eu já ouvi em toda a minha vida. É claro que toda a mulher é mãe em potencial, e todo homem é pai em potencial. Basta conhecer um mínimo de lógica para se dar conta disso. A potencialidade - ou num nome que eu tendo a preferir, virtualidade - pode não se concretizar, é fato, mas dizer que uma mulher não é mãe em potencial é o mesmo que dizer que uma semente de carvalho é uma cerejeira em potencial. Ou seja, as pessoas que estarão domingo defendendo a legalização do aborto, das duas uma, ou são débeis mentais completas ou acham que nós o somos, querendo nos impingir tamanho absurdo e estapafúrdia completa.
Outra afirmação diz que "a criminalização do aborto ofende a diversidade religiosa". Ora, o erro dessa posição é taxar a posição contrária ao aborto como religiosa e dogmática. Isto não é verdade! Ser contra o aborto tem a ver com a razão e com uma visão de homem e uma consideração pelo valor da vida, não se refere a um dogma! É claro que o cristianismo que afirma em seu mandamento basilar "amar ao próximo como a si mesmo", "dar a vida por seus amigos", "não matar", jamais aceitaria esta forma brutal e bárbara de assassinato contra os seres mais inocentes e indefesos (justificada pelo chamado "direito de escolha"). Mas se formos levar esta afirmação deste cartaz em consideração com todas as suas implicações, deveríamos em nome da "tolerância religiosa" aceitar novamente os sacrifícios de humanos que eram oferecidos pelos astecas (que sacrificavam pessoas vivas arrancando o seu coração para oferecê-lo ao deus Sol para que este garantisse as colheitas). Ninguém diz, na lavagem cerebral que ocorre em nossas escolas, mas foi justamente a presença da Igreja na América Latina a partir do século XVI que acabou com os sacrifícios humanos em massa (revividos somente no holocausto nazista e no horror comunista - que matou 1.200 vezes mais[!] que a Inquisição em período semelhante de tempo). A Igreja é fator de civilização, e na medida em que a sua presença decai na sociedade e seu impacto cultural - que significa vida, amizade e construção - decai, retorna a barbárie e o horror, que estas pessoas estarão celebrando domingo em Ondina. Me espanta ver tantos esforços, dinheiro e energia para garantir a liberalização do assassinato dos seres mais inocentes e indefesos que existem: os não-nascidos.

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