sábado, 27 de dezembro de 2008

Diante do Terror sem fim

Um dos meus desejos mais fortes quando chegar à Nova Iorque é visitar o Ground Zero, construído em homenagem aos quase três mil mortos no atentado de 11 de setembro de 2001. Quero visitar não por ser "pró-americano" ou coisas do tipo, sabendo que morrem milhões no Oriente Médio ou no Sudão, por exemplo, mas porque ali morreram pessoas que tinham o mesmo desejo de felicidade que eu tenho e sou.
Uma das coisas que mais me impressiona é porque nós gostamos tanto de esportes, não somente no Brasil, mas no mundo. Ontem, eu acho que tive a resposta: assistindo a Retrospectiva 2008, como faço todos os anos, fiquei impressionado como as boas notícias só vinham mesmo do esporte (salvo a solidariedade à Santa Catarina, vi pouquíssima notícias boas). Por isso, gostamos tanto dos esportes, porque nos trazem boas notícias e realizam a exigência de unidade (posso falar a palavra amor?) inscrita no mais profundo do nosso coração.
Outra pergunta que me vem é: como estar diante do Terror sem fim, como o que por exemplo, assola agora a Palestina novamente? Porque diante de tamanha selvageria, tendemos a perder a fé na vida, na positividade do real, e a esperança que vem justamente de existir dentro de toda esta realidade, uma outra coisa, da qual Tereza de Calcutá, por exemplo, é somente um sinal.
Mas como estar diante do terror? Um grande passo de maturidade é saber que não seremos nós a dar as soluções, quem já tentou, às vezes produziu males ainda piores do que aqueles que tentou debelar. Eu penso que o passo, mesmo humilde e humilhante às vezes, é seguir o caminho de Tereza de Calcutá: responder a uma realidade concreta que tenho à minha frente, como diante de alguém que se afoga, não filosofar, culpar o governos, ou os outros, mas pular e salvar esta pessoa. Somente se uma mentalidade desta se espalha, é que o mundo será outro, e diante do terror, não há nada a fazer, a não ser negociar, esperar, calar, rezar, e enxugar as suas feridas e as suas lágrimas ...

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