sábado, 11 de abril de 2009

A derrota do nada

Na sua brilhante filosofia ateia, Sartre chegou à conclusão de que "a morte é a nadificação total dos nossos projetos", portanto a vida seria "absurda", e "uma paixão inútil". Tudo isso é fruto de uma filosofia do ateísmo (e portanto, do absurdo, porque o ateísmo é tão absurdo quanto um círculo-quadrado - a palavra "a-teu" significa "sem-sentido", porque Deus é o Sentido e a Razão) coerentemente desenvolvida e levada às últimas conseqüências.
Mas hoje se faz memória de um fato que quebra com todas os pensamentos sartreanos, embora estes sejam concatenados! Hoje se comemora o fato mais inaudito, mais inesperado, e ao mesmo tempo o mais correspondente, o mais fascinante e o mais desconcertante de todos os tempos: um homem ressurgiu por seu próprio poder, da morte!
Para a nossa raiva, ou para a nossa paz, a História foi atravessada pelo anúncio desse fato, que é como a "luz" no meio da noite, e que nos desconcerta, porque ele é o fio da navalha das nossas vidas. O apóstolo São Paulo já dizia: "Se Cristo não ressuscitou, os mortos não ressuscitam, é vã a nossa fé e nós somos os mais infelizes dos homens!"
Mas a noite de hoje é especial: Cristo ressuscitou, com a Sua morte destruiu a morte, e nós podemos ver que isso é verdade graças à nossa vida.
A Ressurreição hoje é mais forte do que há 2000 anos! Seu poder chega até os últimos rincões da África, atingiu uma moça chamada Vicky, às portas da morte por causa da Aids, que foi fulminada pelo olhar amoroso de uma cristã, Rose, olhar amoroso que era o próprio Jesus, que está vivo, e se identifica com a Sua Igreja hoje. Esta mulher, abraçada no mais íntimo do seu ser, foi reerguida do nada para o qual afundava por um olhar que lhe disse "você é maior que a sua doença!"
Esta mulher estava nos Estados Unidos contando a sua história, em palestras intituladas Razões para a esperança, e eu mesmo, na Sociedade Bíblica Americana, em Nova York, por volta das oito da noite, do dia 24 de fevereiro deste ano, fui abraçado por esta mulher, e pude experimentar em mim mesmo o abraço do qual ela foi objeto. Eu fiquei extremamente grato e reconheci: "A Ressurreição me abraçou! Eu fui abraçado pela Ressurreição!" Eu posso crer porque eu vejo, a força da ressurreição em ato.
Não há uma terceira alternativa: a vitória ou é da morte, isto é, do nada, ou a vitória é daquele que ressurgiu na manhã da Páscoa! Eu posso dizer, porque vejo: "Cristo ressuscitou!" E entoar aquele grito que emerge do mais profundo do humano: "Aleluia!" O nada foi derrotado, para sempre!

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