segunda-feira, 1 de junho de 2009

O monumento dos ateus

No dia 24 de janeiro de 2007, em Veja, o professor Dr. Francis Collins, médico, químico e biólogo americano, Diretor do Projeto Genoma, acerca do ateísmo fez a seguinte afimração: “Eu acredito que o ateísmo é a mais irracional das escolhas”.
Eu concordo piamente com ele, porque, de um lado, se o cristianismo é "a vitória da inteligência", o ateísmo é a suprema irracionalidade.
Bom, deixando pra lá argumentações intelectuais, quero contar aqui um fato que me aconteceu ontem, e lembrando Dostoievski, que disse que a Beleza salvará o mundo, salvará porque é o esplendor da verdade.
Ontem pela manhã eu fui com alguns amigos do Centro do Movimento Comunhão e Libertação, de São Paulo e do Rio ao Pelourinho, e lá fomos à Igreja de São Francisco. Logo, se iniciou uma longuíssima discussão entre o padre Julián de la Morena e o médico Alexandre Ferrari sobre o barroco, a "pós-modernidade católica", segundo de la Morena, por não haver centro, ser já o início da perda do referencial.
A novidade foi dita por Cleuza, líder da associação dos Trabalhadores Sem Terra de São Paulo. Ela disse: "eu não entendo nada, porque eu não estudei, mas uma coisa eu sei: esses homens fizeram isso porque amavam a Cristo. Porque só faz uma obra quem ama Cristo. Onde stão as obras dos ateus? Onde estão os monumentos dos ateus?"
E aí eu me lembrei logo: a modernidade ateia, que desencantou o mundo, que expulsou o Mistério da vida pública, ela foi a responsável pelas duas guerras mundiais, pela bomba atômica, pelo holocausto, pelos mais de 100 milhões legados pelo comunismo, somados aos campos de concentração nazista e comunista, aliada à destruição da família, dos vínculos, e pelo aumento da solidão, da depressão e do desespero: bem, este é o legado humano da modernidade, que está avançadíssima na questão técnica e na pré-história na questão humana. Não è à toa que até o pensador Edgar Morin disse que "nós estamos no período pré-paleolítico".
A obra vem de quem ama Cristo! O que é necessário para construir, para viver? Amar! Amar a si mesmo, amar a realidade, amar Cristo! Não é à toa que não há nada mais belo que o mosteiro! Quem ama vive, quem ama constroi! E a nossa história católica, em seus monumentos belíssimos, que enche de beleza até mesmo os ateus que destroem a si mesmos e ao mundo inteiro, é testemunha desse amor a Cristo, de homens e mulheres, que mesmo em seu anonimato, foram protagonistas da História! Eu me comovo diante dessa história! Me comovo diante de homens para os quais Cristo é tudo, porque Ele é o Senhor da História, o Rei do Universo! Ontem eu vi uma imagem do Senhor Morto no Convento do Carmelo! Me comovi diante da genialidade do escultor! Me comovi vendo os pés e as mãos do meu Senhor, negros (pela falta de sangue depois de três horas suspensos na Cruz), por minha causa, por causa do meu pecado, da minha traição, do meu mal, do meu nada, tive que reprimir as lágrimas para não chorar. Diante dessas pessoas como Cleuza, uma certeza, pelo menos, eu tenho: sou pecador o quanto tiver de ser, mas eu amo Cristo, eu amo o Senhor, e me doi muito não amá-lO ainda mais! E quero que minha vida seja essa obra de beleza que testemunhe Aquele não só é o centro, mas a "Realidade" com "R" maiúsculo! Se o legado do ateísmo é o horror e a destruição, desejo que a minha vida, ao inverso de tudo isso que nos é oferecido, seja um hino à Beleza e à Vida! Esse é o meu maior desejo!

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