domingo, 8 de novembro de 2009

Diante da imponência dos fatos

Os últimos dias têm sido extremamente impressionantes para mim porque o Mistério, ou melhor dizendo, Cristo, tem se mostrado tão evidente, que a fé tem se tornado de fato o que ela é: não uma sugestão, nem uma vontade, mas um reconhecimento, o reconhecimento de um Outro que faz tudo, que está no meio de nós, a nosso favor, e mais ainda, tendo piedade do nosso mal, da nossa traição, da nossa mesquinhez, nos escolheu!
O que tem me deixado mais fascinado por Cristo nos últimos dias é isto: que nada pode detê-lO, nenhum mal meu ou de quem quer que seja pode deter a Sua iniciativa a meu favor. Um grande amigo meu, o poeta Bruno Tolentino (1940-2007) me disse uma vez que, quando Deus pega alguém pelo cabelo, Ele não solta jamais. Porque pra mim, esses últimos dias têm sido isto: estar sendo pego "de jeito" pelo Mistério. Minha vida tem se transformado num redemoinho, talvez pela minha teimosia, e pela minha desobediência, ou, melhor, pelo Seu amor, pela Sua misericórdia infinita, Ele tem me pego pela mão, me posto num vórtice, num redemoinho e me diz: "Coragem! Sou Eu! Não tenha medo!"
Ele me mostra isto pelos encontros que eu fiz em Belo Horizonte, pela acolhida de Camila e de seus pais que acolheram a mim e a mais cinco amigos. Também agradeço a estes amigos a amizade e peço que o Senhor faça dela um bem para toda a Igreja e toda a humanidade. Sou nada, sou pó e sou mesquinho, mas o desejo do meu coração é infinito. Se esta amizade não for para toda a humanidade, para que serve? É burguesismo puro!...
Também me provocou muito o casamento de Marcelo e Ariane, ali se vê o que se quer dizer quando se compara o matrimônio com a união de Cristo e da Igreja... a amizade com todos, a felicidade estampada, juntamente com as presenças de Dom João Carlos e do padre Nascélio, somada à carta enviada por Bento XVI nos evidenciam a excepcionalidade deste acontecimento.
Para completar o quadro, ontem aconteceu a Coleta Nacional de Alimentos, pontuada por toda a sorte de graças e milagres, sendo que para mim o maior é a proximidade e a amizade com grandes amigos de Aracaju.
Contemplando todo este espetáculo, eu só me perguntava: "quem sou eu, Senhor, para que Tu me ames tanto? Quem sou eu, Senhor, para que Tu te estreites tanto a mim? Quem sou eu, Senhor, para que Tu me ames com tanta ternura?"
Diante da imponência destes fatos, só posso dizer como os apóstolos, quando estavam na barca diante da praia, diante do Senhor, que com tanta ternura, preparava peixe assado para os seus amigos: "É o Senhor!"
Diante de tanto amor, só se ergue um grito no meu coração: "Maranatha! Vem, Senhor!"

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