João 17,1-5 |
Se olharmos a revelação bíblica, a palavra "glória" em hebraico se diz "kabod", que significa "honra", "dignidade", "autoridade", "grandeza".
O profeta Isaías diz que "o kabod", ou seja, "a glória" de Deus enche toda a terra (cf. Is 6,3). Ou seja, a "glória" de Deus é a Sua Presença como Onipresença, ou seja, a Sua Divindade.
"Glorificar" a Deus, portanto, significa "reconhecê-Lo como Deus", ou seja, origem, sustento e destino de todas as coisas, é dar a Deus aquilo que é de Deus, é o supremo ato de justiça que alguém pode fazer nesta vida. Porque "justiça" é dar a alguém aquilo que lhe pertence. E aquilo que é mais próprio de Deus é a Sua própria glória, ou seja, a Sua Divindade, o seu ser Deus.
No fundo, Jesus está pedindo ao Pai o mistério da Ressurreição: "Glorifica" (engrandece) o Teu Filho, para que o Teu Filho te glorifique (no sacrifício da Cruz – supremo ato de adoração já prestado a Deus nesta Terra, e portanto, um perfeito ato de justiça, suficiente para reparar o pecado de Adão e, portanto, nos salvar).
Esta oração ao Pai (conhecida como Oração Sacerdotal – todo o capítulo 17 de João), Jesus faz imediatamente antes de ser preso e condenado por Pôncio Pilatos. É a oração mais importante de Jesus contida nos Evangelhos.
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