Libertação de uma alma do Purgatório |
No Inferno há ódio e inveja ao Criador, aos anjos, aos santos e aos salvos. O maior sofrimento consiste em não ser o próprio Deus, em não receber das demais criaturas a adoração que é própria apenas ao Criador. Existe a convivência com Satanás, os demônios e os outros condenados, que não somente odeiam a Deus, mas odeiam-se uns aos outros: é totalmente desespero e ódio. Não há mais esperança nem caridade. Só há fé: "crês que existe um só Deus? Até mesmo os demônios creem – e tremem!" (Tg 2,19).
O maior sofrimento no Purgatório consiste na saudade de Deus. Porém, as almas estão livres da convivência com Satanás, os demônios e os condenados. As virtudes da fé, da esperança e da caridade permanecem, especialmente a da esperança, pela qual as almas esperam o Céu. Isso lhes dá profundo alívio. A caridade também permanece. As almas do Purgatório amam: a nós, a si mesmas e a Deus.
No Paraíso não há mais fé e nem esperança, só subsiste a caridade. "A caridade jamais acabará. [...] A nossa ciência (fé) é parcial, a nossa profecia (esperança) é imperfeita. Quando chegar o que é perfeito (ver Deus face a face), o imperfeito desaparecerá. [...] Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade." (1ªCo 13,8a.9-10.13)
Os santos ensinam-nos a rezar assiduamente pelas almas do Purgatório:
"Só nós, os vivos, podemos ajudar as almas do Purgatório." S. Faustina Kowalska
“Socorrer as almas do Purgatório é realizar a mais excelente das obras de misericórdia, é praticar da forma mais sublime todas as obras de misericórdia juntas.” S. Francisco de Sales
“Uma das obras mais santas, um dos melhores exercícios de piedade que podemos praticar neste mundo é oferecer sacrifícios, esmolas e orações pelos mortos.” S. Agostinho
“Os sufrágios pelos mortos agradam mais a Deus do que os pelos vivos, porque os mortos têm necessidade mais urgente, não estando aptos a se ajudarem por si mesmos, como os vivos.” S. Tomás de Aquino
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