quinta-feira, 20 de maio de 2010

Eu e o Espírito Santo


Está se aproximando a festa de Pentecostes, que é a festa de aniversário da Igreja. Gosto muito desta festa e gostaria aqui de falar da minha relação com o Espírito Santo. Poderia aqui tentar explicar quem é o Espírito Santo, mas estou cheio de desejo de falar quem é o Espírito Santo em minha vida, Quem é aquele que desde pequeno me prefere, que me chama, que me ama, que vem quando eu O chamo, que me defende, que me consola, que é a minha força, meu sustento, meu amparo, e acima de tudo, minha vida, Aquele que vai comigo aonde quer que eu vá, que Se mostra de mil formas, e que nunca me deixa sozinho, que é verdadeiramente, o Pai dos pobres, o meu Advogado, o meu Defensor, o meu Consolador!

Para mim, o primeiro sinal de que o Espírito Santo tem uma preferência especial por mim é o fato de eu conhecer Jesus desde a minha infância. Desde pequeno, eu lia a Bíblia para crianças em casa, o Evangelho em quadrinhos, de uma tia minha que deu para minha mãe... eu era um capetinha na escola, mas quantas vezes ficava escondido lendo a Bíblia para crianças?... não sei explicar o como e nem o porquê, mas desde pequeno Jesus sempre me atraiu. Ou então um disco que o meu pai comprou para mim intitulado "Natal das crianças", que até hoje me comove...

Eu comecei a sentir atração pelo Espírito Santo quando era criança ainda. Lendo os Atos dos Apóstolos na Bíblia para crianças, eu vi uma imagem do Pentecostes: um monte de gente numa casa com línguas de fogo na cabeça! Até hoje eu me comovo pensando nisso, mas naquele dia eu queria aquelas línguas de fogo sobre mim... meu Deus, depois eu descobri que desde menino eu já desejava Deus, o Espírito Santo! Isso não foi iniciativa minha, eu era uma criança, era já o Espírito me fazendo desejá-lO e pedi-lO. Depois fiz a minha primeira comunhão "brigado" com minha mãe, pois ela não queria que eu fizesse... quando eu penso nisso tudo, às vezes eu levo um susto, porque nada disso é óbvio!...

Os anos se passaram e este frescor da minha infância cessou na adolescência, mas isso não foi o fim, porque, como diz Santa Terezinha em História de uma Alma: "o destino de um homem se resolve nos seus primeiros doze anos". Vários anos depois saí de Itabuna, no interior da Bahia, onde morava, e fui à Salvador para estudar. As dificuldades de me separar da minha família pela primeira vez começaram a cavar o meu coração, a provocar a exigência de significado, da razão para viver e para estudar. Tudo isso começou a fazer surgir em mim um buraco que só o próprio Infinito poderia preencher. Foi muito importante para mim a amizade com uma menina do cursinho que só fazia rir. Me provocava o fato desta menina só viver a dar risada. Esta alegria de viver me atraiu. Reencontrei o cristianismo assim: no sorriso de uma menina no Sartre, no ano 2000! Ela, da Igreja Batista, muito amiga de outra, católica praticante! O cristianismo acontecia ali, no Sartre! Depois disso, passei por um período confuso, mas alguns meses depois, reencontrei esse mesmo sorriso no rosto de um homem que me acolheu do jeito que eu era, Padre João Carlos, hoje Dom João Carlos Petrini, bispo auxiliar de Salvador!

Comecei a me envolver com os amigos dele que se tornaram meus amigos também: descobri que estes amigos são o rosto do Espírito Santo para mim! Foi Ele que me fez encontrá-lOs, que me fez descobrir a mim mesmo, que re-configurou o meu rosto, que, de um menino atormentado e confuso, fez de mim um homem em paz e cheio de amor (sem pieguice), que, de um menino solitário, fez de mim um homem com amigos no mundo inteiro, que me faz ficar em paz mesmo com os meus erros, porque Ele me perdoa, me faz ficar em paz, porque estou caminhando e Ele nunca me abandona! Ele me é fiel, eu O traio, mas Ele me é fiel! Ele me é fiel porque É fiel a Si mesmo, porque Ele me escolheu, e as Suas escolhas são irrevogáveis! Por isso, Ele nunca vai me abandonar! O encontro aonde quer que eu vá, desde lá nos Estados Unidos, quando me perdi indo parar no meio da Carolina do Norte e Ele me reconduziu à Nova York, e também em Pirambu, no interior de Sergipe, quando vou visitar meu amigo, o padre João.

Seria preciso não um post, mas um livro para dizer tudo o que o Espírito Santo tem feito por mim! Por isso, confio nEle, O amo, O peço e O espero. Como Ele é o maior dom que Deus pode nos dá, todo dia boto o meu joelho no chão e invoco o Espírito Santo, para que Ele encha o meu coração de amor, de alegria, de sabedoria, de fortaleza! Eu sou fraquíssimo, por isso eu peço sempre: "Vem!"

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