quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

A absurda ligação da esquerda com o Islã

A esquerda realmente me espanta com os seus absurdos, como a histérica defesa do aborto, que é pura e simplesmente assassinato de um ser indefeso em nome daquilo que supostamente seria "o bom, o belo e o que há de melhor": na verdade, a morte.
A pecha de direitista, ultraconservador ou coisas do gênero não freiam minha oposição a este crime horrendo, que na minha concepção vai contra toda exigência de justiça, que pra mim, deveriam ser o apanágio da esquerda. Há alguns dias fui chamado de socialista, revolucionário e até maldito simplesmente por defender a dignidade do trabalhador, de um lado, e de outro por ser contra uma organização ultra-conservadora (esta sim) da Igreja. Portanto, rótulos não me metem medo.
Assim sendo, chegamos ao nosso termo: a absurda ligação entre a esquerda e o Islã. Que ligação pode haver entre uma fina flor da nossa civilização moderna e ocidental, nascida na Revolução Francesa de 1789, que deu origem incontestavelmente- apesar dos protestos da direita, e de várias burrices históricas da esquerda- a avanços espetaculares no mundo ocidental, e aquilo que de mais atrasado existe no mundo, que é o fascismo islâmico, entre a vanguarda e as ditaduras mais sanguinolentas, onde não há separação entre religião e Estado, nem respeito aos direitos humanos, nem às mulheres, e nem liberdade econômica, religiosa ou política (salvo raríssimas e honrosas exceções, como o Irã)?
O fato é que o Ocidente se odeia; se odeia porque esqueceu de si mesmo. A vanguarda quer avançar sem olhar a tradição, com medo do tradicionalismo. E aí, passa a querer destruir tudo. De fato, os últimos séculos e especialmente as últimas décadas foram um período de especial destruição do patrimônio histórico-cultural da civilização greco-judaico-cristã, que aqui chamo de moderna ou ocidental, até chegarmos à tecnocracia non sense na qual estamos imiscuídos, no absurdo, como retratam filósofos como Sartre e escritores como Camus. Chegando ao niilismo total, e sem ter o que destruir, sem causas efetivas para defender desde a implosão da URSS, a esquerda abraça o fascismo islâmico, em nome de ser contra "a direita", num absurdo monumental, como nunca se viu. Só reconhecendo, aderindo e amando a própria origem é que a vanguarda de esquerda, de forma lógica e coerente vai poder construir um mundo mais justo e menos desigual, porque as sementes deste mundo estão no Ocidente e a esquerda nasceu nele e dele. Não é voltando ao mundo antigo, defendendo posições nazistas e eugênicas como o aborto ou abraçando absurdamente o fascismo islâmico que a esquerda vai encontrar o seu caminho.

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