terça-feira, 8 de janeiro de 2008

2008!

Quem faz aniversário no início de janeiro, como eu, passa por um ritual triplo no fim-de-ano: Natal-Réveillon-Aniversário. É quase como se o meu aniversário obrigatoriamente fizesse parte da "liturgia" da saída de um ano e entrada de outro, como se não pudesse haver a passagem de ano sem o meu aniversário. Até o início do ano passado, confesso que nunca fui muito com a cara dos "fins-de-ano" e início de ano-novo. Muito menos com o meu aniversário. Nunca gostei de ficar mais velho. Nunca olhei o futuro com confiaça, antes, o fazia com desconfiança e receio dos males que o novo ano podia me trazer e a vida que mais um aniversário estava me roubando. Isso pode parecer incrível, mas tem um nome: "velhice!" Velhice aos vinte anos, aos quinze! Pode parecer incrível, mas talvez seja a coisa mais comum hoje: jovens que na verdade são velhos, que têm medo da vida, ao invés de amá-la! O medo da vida é sempre um medo de perder alguma coisa, algo que se ama demais, e ao qual nos apegamos, algo que pensamos que pode nos salvar da solidão na era da modernidade líquida, dos amores líquidos, da explosão dos vínculos e dos laços. Este ano, porém, surpreendo-me vendo o futuro com positividade, como nunca antes, uma certeza que me dá animação e confiança. Pela primeira vez, faço aniversário grato por tudo o que vivi em 2007, e cheio de esperança para este ano e os próximos! Estou mais velho, mas mais maduro, mais verdadeiro, com um pouco mais de sabedoria, mais homem, mais feliz! Tudo isso pelo que vivi em 2007 e que ficou comigo! Não perdi nada das minhas experiências, carrego comigo tudo o que vivi e me fez mais eu-mesmo!

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