quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Lavagem cerebral nos jovens

Os jovens estudantes brasileiros são vítimas, por meio do ensino da História nas nossas escolas, da mais baixa, mais descarada, mais vil lavagem cereberal que se possa imaginar. Lavagem cerebral esta, em especial contra a Igreja e a civilização ocidental. Não se precisa "dourar a pílula" e encobrir o que de fato aconteceu. A Igreja não tem medo de seus erros humanos ao longo dos seus vinte e um séculos de existência. Mas não se fala nada da positividade da presença da Igreja na História. Como disse Reinaldo Azevedo, "o mundo é melhor com a Igreja Católica", e eu posso dizer que a minha vida é melhor com a Igreja Católica, por isso eu a amo e desejo que ela se expanda o mais que puder, para que aconteça na Terra a civilização do amor. As palavras de Reinaldo Azevedo resumem bem meu pensamento:


"No fim das contas, sei bem o que não suportam na Igreja Católica: é o primado da liberdade. É a afirmação tácita de que você é livre para escolher o seu destino, o seu caminho. E que toda escolha acarreta conseqüências. Isso a que chamam constantemente “culpa”, que vem associado à Igreja, eu costuma chamar de consciência. Não é fácil ser católico. O culto à religião propriamente talvez seja hoje, como sempre foi, obra de uma minoria abnegada. Para a maioria, a religião permanece como um norte ético. Eu mesmo não me digo católico sem uma ponta de constrangimento. Porque não me acho bom o bastante pra isso.

Mas sei que o mundo é bem melhor com a Igreja Católica. E saúdo a palavra de seu primeiro pastor. Onde quer que a instituição esteja hoje presente, se não foi tomada pela heresia — outra constante de sua história —, está levando uma mensagem de paz, de esperança, de aposta na vida. De fato, isso parece ser uma coisa insuportável. Sob certo ponto de vista, ninguém deveria ter a ousadia de querer ser tão bom.

Se há coisa que jamais faltou ao demônio — eu o tomo aqui como uma metáfora — é o culto à desconfiança. Se um dia tiverem tempo e oportunidade, leiam Les Cahiers de Monsieur Ouine — ou simplesmente Monsieur Ouine, do escritor católico francês, que morou no Brasil, Georges Bernanos. “Ouine” é uma soma de “Oui” (sim) e “Non – que tem em francês a variante gramatical “ne” (não). O demônio é justamente a indistinção entre o Mal e o Bem, ou é o Mal que é Bem, ou o Bem que é Mal. É, em suma, a empulhação disso que chamam por aí de “dialética” — quando querem convencê-lo a abrir mão de seus princípios para o seu próprio bem."

(artigo O que não suportam na Igreja Católica? A liberdade e a consciência., publicado em seu blog em 09/05/2007, por ocasião da visita de Bento XVI ao Brasil)

Ou seja, pesando na balança os bens e os "males" da Igreja (incluindo a Inquisição - da qual não tenho medo de falar), é evidente que os bens são muito maiores. Senão a Igreja não existiria mais. Por que alguém continuaria a ser atraído (porque a Igreja cresce por atração e não por proselitismo) por uma instituição que somente proíbe isto ou aquilo (segundo a mentalidade dominante) e não ofereceria nada em troca? - sendo que esse algo em troca é justamente o amor, a liberdade e a paz!...
No dia 6 de setembro fui panfletar em Novos Alagados convidando as pessoas para a inauguração da nova igreja da região, com o nome de Igreja Jesus Cristo Ressuscitado, construída pela AVSI (Associação de Voluntários para o Serviço Internacional) e consolidando 20 anos da presença cristã na região. Eu já trabalhei em favelas durante quase dois anos, na região do Nordeste de Amaralina, antes de começar o mestrado, e vou em Novos Alagados todos os sábados me encontrar com as pessoas que moram lá. Posso dizer que os pobres e favelados não são como teorizam os intelectuais da esquerda. Tinha gente que agradecia a Deus o fato da nova igreja dizendo que há muito pedia isso a Deus. Eu me dei conta de que a Igreja não é uma construção nossa ou algo da qual nos apropriamos, mas a resposta de Deus mesmo aos mais profundos desejos do coração do homem. Que os simples - como em Novos Alagados - conseguem reconhecer aquilo que os burgueses radicais e arrogantes que habitam nossas universidades não reconhecem, detestam, pisam e se possível até destroem. Vi num vídeo que assisti há 4 anos, o depoimento de uma senhora da cidade de Novosibirsk, na Sibéria contando como os comunistas destruíram a Igreja na região dela e a fé inabalável de sua mãe que disse: "Os padres voltarão, porque Deus não pode ser destruído". Ela contou isso mostrando a sua paróquia com o novo padre que chegou nos anos 1990 e que revitalizou a vida cristã na região. No ano passado, Bento XVI o nomeou Arcebispo de Moscou (Rússia). Ou seja, o comunismo pode lutar contra a Igreja - a sua maior inimiga - mas será esmagado, porque está lutando contra Deus e este não pode ser destruído.

Propaganda nazista contra o cardeal Pacelli, futuro Papa Pio XII, nos anos 1930, acusando-o de amizade com judeus e comunistas

Um exemplo muito evidente da lavagem cerebral que é feita nos estudantes brasileiros pelos professores de História, em sua maioria, marxistas e ateus, é a aproximação entre as figuras de Hitler e do Papa Pio XII. Como quem vence conta a História, e até pouco tempo atrás a Igreja estava perdendo feio no quesito de domínio cultural, quem venceu (ou seja, o ateísmo, o marxismo, o burguesismo radical etc) estava contando a História (errada - diga-se de passagem). O Papa Pio XII foi então taxado como o Papa nazista, ao passo que na verdade Hitler não só o condenava, como até o tentou seqüestrar e matar. Uma imagem vale mais do que mil palavras - como o que aparece acima - e uma propaganda nazista contra o Papa Pio XII taxando-o de "amigo" de judeus e comunistas, evidencia que este não estava ligado a Hitler como falsamente se propaga nas escolas brasileiras para tirar a fé das pessoas. Pio XII, como católico, cristão que era, de fato, salvou milhares de judeus e comunistas da barbárie nazista acolhendo-os nas congregações católicas de Roma. O que me impressiona de verdade é a leviandade com a qual se tratam os temas. É uma verdadeira estratégia para retirar a fé das pessoas e colocar no lugar delas o comunismo e o burguesismo radical. Enquanto a Igreja é total e descardamente desacreditada, não se fala absolutamente nada sobre os mais de 100 milhões de mortos nos campos de concentração comunistas, e absolutamente nada sobre os incalculáveis sofrimentos causados pelo burguesismo radical - da qual Marta Relaxa e Goza Suplicy é o maior símbolo - em matéria de solidão, desespero, depressão, drogas e suicídios (eu mesmo já vi uma pessoa morrer de depressão e esta está totalmente associada ao avanço do burguesismo radical pós-1968 (que é a pior forma de niilismo "o outro que se lasque" - no popular). Tudo isso pra mim só evidencia um fato muito concreto: o mundo pode estar ruim hoje, mas este seria muito pior sem a Igreja.

Nenhum comentário: